> Eu estou realmente empenhado em escrever. Faço isso não por causa de alguma promessa ou resolução de ano novo, faço porque isso faz sentido pra mim. Escrever funciona como uma viagem dentro do meu cérebro: embora eu saiba o caminho, nunca sei o que realmente vou encontrar lá dentro e por isso é divertido.
Por conta disso resolvi iniciar uma espécie de diário, fazendo jus aos primórdios dos blogs lá na primeira metade dos anos 2000. Eu mesmo tive um blog no qual contava minhas aventuras e desventuras para quem quisesse ler. Infelizmente (ou não) ele se perdeu no buraco negro do ciberespaço.
O Diário de Bordo não é uma exposição sem sentido do meu cotidiano. É um auxílio à memória vindoura, um registro do presente, um exercício de autoanálise e uma reflexão sobre a própria existência. Esse último, alias, muito motivado pelo que falei no meu texto de ontem "A única coisa que preciso prometer para 2025".
Dadas as devidas advertências e se você ainda estiver aqui, desfrute do meu Diário de Bordo. Câmbio!
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Hoje, 02 de janeiro, é oficialmente o aniversário de Isaac Asimov, o maior escritor de ficção científica da história. Falo oficialmente porque nem ele mesmo sabia o dia que nasceu e escolheu o segundo dia do ano para comemorar mais um ano de vida. Isaac Asimov é meu maior ídolo na literatura.
Conheci ele por tabela quando assisti "O Homem Bicentenário", filme de Cris Columbus e estrelado por Robin Williams. Por tabela porque eu não sabia, mas o filme foi baseado em um conto de Isaac Asimov de mesmo nome.
>>> Li esse conto e fiz um texto sobre ele. Clica aqui para ler.
Depois disso assistiria mais um filme baseado na obra do autor: "Eu, Robô", estrelado por Will Smith. Mas fui me interessar de verdade por ele graças a um NerdCast dedicado à Asimov. Me interessei e fui buscar ler seus livros e comecei com "Eu, Robô", justamente, e me apaixonei.
O contato com a obra dele foi tão impactante que um de seus contos, "A última pergunta", virou inspiração para a criação do segundo álbum da minha banda, a Genomma, "Como reverter a entropia do universo" (2022).
De lá para cá, li 14 livros dele e prometi para mim mesmo que leria todos. O detalhe é que ele escreveu mais de 500 livros! Qualquer dia desses prometo deixar uma "ordem de leitura" que eu acho ideal para embarcar no universo asimoviano. Aliás, hoje mesmo acabei de indicar "Eu, Robô" para uma amiga: "Me indica um bom livro", disse Jéssica Scali para mim confessando que precisava ler coisas diferentes das que lia. Obvio que indiquei o aniversariante do dia.
Para comemorar o aniversário do Bom Doutor (a carinhosa alcunha que Asimov ganhou por ser um Dr. em bioquímica e pela vasta contribuição à ficção científica), eu fui até a padaria que fica perto aqui da minha casa brindar - com capuccino - a vida e obra desse gigante da literatura mundial. Tão gigante que ele precisa de mais textos sobre ele aqui nesse blog (xiii, estou cheio das promessas... preocupante).
Ir à padaria e ler enquanto bebo um capuccino é um dos hábitos que adoro ter. Pelo menos uma vez na semana eu faço isso e adoro. Fico bem chateado quando fico muito distante dessa prática. O livro de hoje não poderia ter sido outro a não ser um clássico asimoviano (o 15º da minha lista): "Fundação e Terra", livro 5 da espetacular saga "A Fundação", eleita, em 1966, como a melhor série de ficção científica e fantasia de todos os tempos pelo Prêmio Hugo.
Foi um tempo tão valioso que li 50 páginas brincando e, quando percebi, o restinho do meu capuccino já estava gelado na xícara e o sol já tinha ido embora. Foram duas horas que passaram que eu nem percebi. Só parei de ler porque senti vontade de fazer xixi e isso me tirou do fluxo, se não, era bem capaz de eu ser gentilmente expulso da padaria para que ela pudesse ser fechada.
Eu sou muito fã de Asimov. Muito mesmo! Ele é meu grande ídolo na literatura (acho que já disse isso), minha grande inspiração. E por isso faz todo sentido pra mim escrever cada vez mais no meu blog. Quero escrever tanto que quem sabe não serei chamado de "Asimblog" um dia?
Feliz aniversário, Bom Doutor!
Câmbio, desligo!
Conhecimento é conquista.
-FS