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Foto do escritorFelipe Schadt

Diário de Bordo #5 - Assisti minha banda da platéia

Atualizado: há 19 minutos


Kindim, Matheus, Daniel e Jeckson (Raimundos Cover) no Esquina 225 em Jundiaí
Kindim, Matheus, Daniel e Jeckson (Raimundos Cover) no Esquina 225 em Jundiaí

> Eu tinha acabado de sair de um casamento no qual eu fui o celebrante - eu sei que você quer muito que eu conte essa história, mas ela chegará em breve, pois quero escrever algo bem especial e para isso preciso de tempo.


Bom, como eu ia dizendo, saí do casamento com a Carol e decidimos ir para um bar ver nossos amigos tocarem. Era um cover de Raimundos formado pelos músicos que fazem parte da minha banda.


Muitos sentimentos envolvidos que eu quero compartilhar aqui.


Câmbio!


...


Já eram seis horas da tarde e a festa de casamento que eu estava exalava animação. Eu estava particularmente feliz, porque eu tinha sido convidado para celebrar o casamento. Os noivos eram meus primos: a Fran de uma lado da família e o Fernando do outro. Eu trabalhei por dias no texto que serveria como discurso da celebração e muita energia na hora da cerimônia, mesmo assim, cansado, eu estava curtindo a festa.


Quando vou dar uma olhada no celular, para dar uma checada nas mensagens, percebi um recado. Era a imagem de um folder de show seguida de um convite: "Cola hj la ve a gente mano". O emissor era o Thiago Foratori, o Kindim, baixista da banda que estava no folder. "Tô num casamento, bicho. Mas valeu pelo convite", respondi já sabendo que não iria.


Folder do show (Imagem: Reprodução)
Folder do show (Imagem: Reprodução)

O convite era para assistir a um cover de Raimundos e eu conheço cinco músicas dos caras. Melhor dizendo, conheço "Mulher de Fases" e o refrão de outras quatro canções. Acho, inclusive, Raimundos superestimado demais. Mas a Carol, minha namorada, gosta.


Gosta tanto que me convenceu que, se saíssemos do casamento e ainda desse tempo de ver os meninos tocarem, nós iríamos. Ela venceu e, mesmo saindo bem tarde do casório, ainda chegamos no Esquina 225 - local do show - a tempo. O show atrasou um pouco e o motivo um dia talvez eu conte.


Mas o fato era que eu não queria ir. Não só porque eu não gosto de Raimundos o suficiente ou porque eu estava cansado de um casamento que eu havia acabado de celebrar. O real motivo era o ciúmes.


Kindim no contra-baixo, Jeckson na guitarra e Matheus na bateria. Os três, juntos comigo, formam a composição original da Genomma, minha banda. Vê-los ali no palco com outro vocalista é meio incômodo pra mim. E nada contra o Daniel, front man do cover de Raimundos deles, gosto do cara, gente boa e bom cantor, mas é como se eu fosse uma peça e estivesse olhando o meu próprio quebra-cabeça com uma peça diferente no lugar que eu deveria estar.


Eu só assisti eles tocando sem mim uma única vez. Também em um cover de Raimundos há anos atrás. Desde então eu não quis encarar o fato de que eles são muito bons - até melhores - sem mim no palco.


Quando chegamos no rolê o Kindim me viu e ficou genuinamente feliz. Ele é um cara muito família e uma espécie de paizão da banda. Sempe nos cobra, durante todos esses mais de 15 anos juntos, mais aproximação entre nós. O Jeck também ficou feliz e surpreso, afinal ele tinha visto minhas postagens do casamento e soube na hora que minha presença ali era especial. Com o Matheus a conversa foi mais curta, fazia muito tempo que não nos víamos. Sobre ele, eu falo mais no próximo texto. Mas eu tava com saudade dele.


O show foi ótimo, mesmo eu não conhecendo 75% do repertório. Vendo eles tocarem com certo introsamento e bastante desenvoltura eu lembrei de outra coisa. Certa vez eu saí da Genomma. Tinha acabado de casar na época, entrado em uma pós-graduação e estava me sentindo "adulto demais" para ter uma banda. No dia seguinte que eu saí, eles já tinham chamado o mesmo Daniel para me substituir e, por um tempinho, a Genomma foi aqueles mesmos quatro caras que eu estava assistindo no sábado a noite tocando Raimundos.


A história dessa minha saída e do meu retorno é muito longa para ser contada aqui, mas o que você precisa saber é que eu, mesmo depois de sair da Genomma, quase destrui ela. Um dia, claro, eu conto. Mas se você tem ansiedade como eu, clica aqui para ouvir um podcast que gravamos contando esse e outras histórias da banda.


Fim de show, energia lá em cima e fomos para a área externa para tomar um ar fresco. Fiquei feliz de ter ido, afinal, gosto desses caras como irmãos. Enquanto eu estava sentado à uma mesa com a Carol, o Kindim conversava com o Matheus de pé perto da gente. Era uma "DR" entre os dois. O Jeck sentou do meu lado e me tirou da viagem que eu estava fazendo tentando adivinhar o que o baixista e o baterista tanto conversavam, mesmo eu sabendo exatamente o conteúdo. "Segunda tem ensaio, ein?!", disse o meu guitarrista.


Nessa segunda, 13 de janeiro, a Genomma vai ensaiar depois de muito tempo. Uma nova fase se inicia na banda, afinal de contas, nosso novo baterista fará seu primeiro ensaio com a gente. Estamos animados para tudo o que queremos fazer daqui para frente.


E eu volto aqui para contar como foi esse ensaio, qual foi a discussão com o Matheus e o porquê temos um novo baterista.


Câmbio, desligo.


Conhecimento é conquista.

-FS


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